terça-feira, março 18, 2008

Por tudo que for.

E depois, a luz se apagou.
E eu não consigo mais ficar sozinho aqui.
Sem você é tão ruim, não tem sentido, prazer...
Não há nada.

Por favor,
Não me interpreta mal
Eu não queria, nem devia, te magoar.

O vento vem, o tempo vai
Passa por mim meio assim: meio assim devagar.

Vou dormir
Sentindo o que a solidão pode fazer a um ser ferido,
por saber que o erro era meu (só meu).

Já passou,
Agora já passou,
Mas foi tão triste que eu não quero nem lembrar.

Ver você, ter você e querer mais de nós dois não tem nada demais
E pensar:
Você aparecer
Pela janela tão bonita de manhã...
Vem pra mim e não vai mais
Me abraça, me abraça, me abraça
Por tudo que for...

segunda-feira, janeiro 21, 2008

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Só por hoje

Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu espero conseguir
Aceitar o que passou o que virá
Só por hoje vou me lembrar que sou feliz

Hoje já sei que sou tudo que preciso ser
Não preciso me desculpar e nem te convencer
O mundo é radical
Não sei onde estou indo
Só sei que não estou perdido
Aprendi a viver um dia de cada vez

Só por hoje eu não vou me machucar
Só por hoje eu não quero me esquecer
Que há algumas pouco vinte quatro horas
Quase joguei a minha vida inteira fora

Não!
Viver é uma dádiva fatal!
No fim das contas ninguém sai vivo daqui mas -
Vamos com calma !

Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu não vou me destruir
Posso até ficar triste se eu quiser
É só por hoje, ao menos isso eu aprendi

(Renato Russo)

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Andrea Doria

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Mas percebo agora
Que o meu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...

Acrilic on canvas

É saudade, então
E mais uma vez
De você fiz o desenho mais perfeito que se fez
Os traços copiei do que não aconteceu
As cores que escolhi entre as tintas que inventei
Misturei com a promessa que nós dois nunca fizemos
De um dia sermos três
Trabalhei você em luz e sombra

E era sempre, Não foi por mal
Eu juro que nunca quis deixar você tão triste
Sempre as mesmas desculpas
E desculpas nem sempre são sinceras
Quase nunca são

Preparei a minha tela
Com pedaços de lençóis que não chegamos a sujar
A armação fiz com madeira
Da janela do seu quarto
Do portão da sua casa
Fiz paleta e cavalete
E com lágrimas que não brincaram com você
Destilei óleo de linhaça
Da sua cama arranquei pedaços
Que talhei em estiletes de tamanhos diferentes
E fiz, então, pincéis com seus cabelos
Fiz carvão do baton que roubei de você
E com ele marquei dois pontos de fuga
E rabisquei meu horizonte

E era sempre, Não foi por mal
Eu juro que não foi por mal
Eu não queria machucar você
Prometo que isso nunca vai acontecer mais uma vez

E era sempre, sempre o mesmo novamente
A mesma traição

Às vezes é difícil esquecer:
"Sinto muito, ela não mora mais aqui"
Mas então, por que eu finjo
Que acredito no que invento?
Nada disso aconteceu assim
Não foi desse jeito
Ninguém sofreu
É só você que me provoca essa saudade vazia
Tentando pintar essas flores com o nome
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"

Semente do amor

Sim, é como a flor.
De água e ar, luz e calor
o amor precisa para viver.
De emoção e de alegria
e tem que regar todo dia.

Olha

Olha você tem todas as coisas
Que um dia eu sonhei prá mim
A cabeça cheia de problemas
Não me importo, eu gosto mesmo assim
Tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui
Olha você vive tão distante
Muito além do que eu posso ter
E eu que sempre fui tão inconstante
Te juro, meu amor, agora é prá valer
Olha, vem comigo aonde eu for
Seja minha amante, meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor

(R.C.)

Minha mente ainda é a mesma

Ainda me lembro dos tempos de esperança
Daquelas noites que passava sem dormir
Eram os bons tempos de dobrar a velha esquina
Poder chorar,
gritar,
cuspir na sua comida.

O tempo hoje já mudou
Foram os braços da obrigação
e hoje pago pelo que não fiz
Mas hoje penso no que vou fazer

O tempo passa e minha mente ainda é a mesma
Não existem frutos neste podre pra colher
são coisas tolas que eu vejo todo dia
Mais é bobagem tudo isso vai ruir.

E minha força explodirá
E todas falas calarão
E muito alto estarei
E muitos fatos surgirão

Não quero ficar aqui não!
Eu não nasci pra isso não!
E não estou sozinho,
ninguém está sozinho,
ponha fé na minha irmão!
Eu quero liberdade,
mesmo por um segundo,
pra poder anarquizar você!

(E.S.)

Culto de Amor

Procuro me desarmar,
Ando em busca de paz.
Respondo a vontade do céu.
Sentimentos... não preciso de provas!
União para você, oh sim!
Não fale nada
A verdade vem no seu beijo
Você nas minhas mãos eu juro que não tenho medo.

(E.S.)

Abraços e brigas

Nosso amor se foi, partiu e se quebrou
Nosso amor se foi em uma lágrima...
Eu sabia o que era bom para nós dois
Mas você sempre queria um pouco mais...

A cada dia meus pés estavam mais longe do chão
E hoje meu pensamento ainda te persegue
Nosso amor se foi no nosso dia a dia
Não posso crer!

Abraços e brigas,
Tantas noites sem dormir.
Bem que eu queria
Que o tempo não existisse
Só prá ter você aqui!

E essa é a estória que não chega ao fim
Fecho os olhos e então me vem você
Encosto o meu rosto na vidraça
O que mudou?

Tristezas, mentiras
Horas felizes até!
Bem que eu queria
Que tudo fosse diferente
Bem que eu queria...

Bem que eu queria
Que o tempo não existisse
Só prá ter você aqui!
(E. S.)

Nosso louco amor

Nosso louco amor
Está em seu olhar
Quando o adeus vem nos acompanhar

Sem perdão não há
Como aprender e errar
Meu amor
Vem me abandonar

Já foi assim mares do sul
Entre jatos de luz beleza sem dor
A vida sexual dos selvagens

Agora que passou a dor
Na rua a luz da cidade ilumina
Nosso louco amor

É bom saber voltou a ser
Na rua uma estrela ilumina
Nosso louco amor

(Julio Barroso)

quarta-feira, janeiro 16, 2008

"e-mund’urbano"

No mundo eletrônico – insípido lar –
As teclas servem-me de proteção
Contra algo que eu percebo “na real”
O quanto possa me fazer bem
E muito bem
Mas para quê se nada quero sentir?

As ruas me guiam anonimamente
Somos todos deuses, ninguém criação
Se os carros são lentos pra que insistir?
É o poder que explica cada existência
Nada justifica
E só é feliz quem já conhece a dor?

para Mateus e Michela poderem amar

Depressão nunca foi consolo
Insatisfação não é ainda desesperança
As agonias não são apenas neuroses.
Amor não tem nada a ver com admiração.
Anarquismo nunca foi justificativa
Uma andorinha só não é inverno
Carnaval solução? Não!
Meia mentira nunca meia verdade.
Presságios são incertezas
E certeza não é certeza absoluta.
Mais de 100% menos, pra mim, nunca existiu.
O nada não faz correspondência biunívoca com o tudo
Os erros não são necessariamente absurdos
Os seres humanos, humanos são.
Também é humano errar
Humanismo é tentar acertar.

não existe amor no mês de agosto

Algo passou por mim
Não vi, não vi
Algo passou tinindo rasgando ferindo
Não sei dizer o que era
Mas, tenho certeza, era lindo vexante cheio de brilho extasiante afinal
Caso tinha destino, desconheço
De onde surgiu, também não sei
Pra quê e por quê e passou assim tão sagaz, quem sabe?
Hoje desconfio que errei
Talvez seja este o meu saldo
Mas qual erro fora o meu?
Terá sido ignorância? Terá sido minha permissividade?
Não sei, não sei
Talvez sentir e questionar
Quem sabe amar?

I Ching, o hoje e o amanhã.

Um novo papel é entregue pra mim
Não sei se é este que eu quero
Nem tudo que existe é adaptável
Meu coração bate forte e sabe o que espero

Mas um alguém não me procura,
Mais um alguém não me reconhece
Procuro aos ventos, às estradas
Aos sonhos e modelos predeterminados
Tentativas e respostas
Querendo sempre estar a algum lado

Além deste, o lado do nada
Além deste, o lado do acaso

Ao lado do mote da impossibilidade
Esta é mais uma chance que eu tenho
Meu momento é a não oportunidade
Ou nunca existiu o meu momento.

Qualquer coisa assim

Quando sorris, estás me aceitando
É assim que eu prefiro te ter
Ou de modo mais exato qualquer coisa que palavras não poderão dizer
Seus desejos não são ordem é o desvairo do mundo
E, quando acordo, constato que não estava sonhando
Foi no percurso de minha vida que apareceste
Minha alma passou também a existir
Não acredito em mais nada além da própria possibilidade
E minha maior possibilidade é você

Em fins e afins de qualquer fundamento, desejo-te
E me apanho sonhando acordado outra vez
Minha paixão é maior do que o nosso amor
E isto é um misto de dor com não sei o quê
Todas as lingüísticas, psicologias e religiões
Temem-lhe mais do que qualquer vampiro de uma cruz
E qualquer qualquer qualquer qualquer assim compreendo
Que tudo no mundo é relativo exceto seu poder
Em contrariar regras, sistematizações, antíteses e teorias de conspirações.

Vejo-te sob infinitas perspectivas
E sobre prerrogativas aos montes!
Não se trata de cuidado mas te asseio só em pensar
Com águas que saem de meu corpo te desejando mar
Que fugindo às regras nem é salgado e nem é doce
É de um sabor que não se sente e nos consome.
E morre-nos afogados de prazer.

Sempre escuto teu nome a deriva gritado por minha voz agora desconhecida
Disso não tenho sentido e você mais uma vez não me dá explicações.
Quando sorris estás me excitando
E minha paixão é misto de alegria e gozo com mais alguma coisa ainda.

Down em mim

Eu não sei o que o meu corpo abriga
Nestas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down

Outra vez vou te cantar, vou te gritar
Te rebocar do bar
E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
À versão nova de uma velha história
E quando o sol vier socar minha cara
Com certeza você já foi embora
Eu ando tão down

Outra vez vou me esquecer
Pois nestas horas pega mal sofrer
Da privada eu vou dar com a minha cara
De panaca pintada no espelho
E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados
Eu ando tão down.

(Cazuza)

terça-feira, janeiro 15, 2008

Ela

Ela arranhou seus pulsos
Com gilete g2
Representando o seu drama tão particular
Me disseram na entrada do elevador:
-Sobe na cobertura,tua nega deu um troço
Queimam rastros da palavra dor
Billie holiday na vitrola
Jatos de sangue nos ladrilos brancos
Desenhando a palavra dor
E o pintor totalmente alucinado
Inventando a arte colocou no mercado
Esse drama tão particular

(Julio Barroso)

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Meu lado Sena de ser.

Por um momento pensei ser Rodin.
Por toda vida fui Camille?

domingo, janeiro 13, 2008

Nem tão ambicioso assim

Enquanto tão ambiciosamente dominas o mundo... eu quero apenas dominar você.

sábado, janeiro 12, 2008

Surtar é uma maneira de se estrepar.

Roberto Freire diz: Não está dando? Deixe de lado a amizade, o trabalho, a mulher, a família. Não fique com nada que não esteja dando, pois se não vc se estrepa.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Vou me entregar como nunca

Vou me entregar,
Eu vou me entregar, como nunca!
Minha imaginação desordenada, desafio.
Existem caminhos diferentes, eu percebo.
Mas eu gosto de encontrar você...
Mergulho no silêncio
Vagueamos de mãos dadas.
Loucura seria falar deste sentimento
Neste momento tão particular e sincero.

(Edgard Scandurra)

quinta-feira, janeiro 10, 2008

A única coisa que eu quero

Há momentos difíceis pela vida
Que a gente pensa em desistir
Jogar tudo pro alto
E pegar o mundo afora
E sumir

Não há muito o que recordar
Se sua família sempre lhe rejeitou
Condenando seus atos e velhacos amigos
Nunca lhe reparou

Será o estresse que desce nas veias dos corações
Ou é uma prece que tece a teia de novas paixões
Das bandeiras perdidas
Rasgados nos monstros das religiões
Que são guardiões da culpa, da dor!

Eu sei que o que você precisa
Nesse momento é de muito dinheiro
Pra pagar suas contas e dívidas
Com a vida e com deus
Mas não são os meus pecados
Que irão lhe absolver
É muito mais a idéia
De enfrentar o problema e de resolver

Não vou cometer um erro banal
Pra te convencer, eu quero é poder!
Poder infinito de te conhecer
Você é a única coisa que eu quero
Nesse mundo vão
Me dê sua mão, a voz, já vou!

(Zé Ramalho)

quarta-feira, janeiro 09, 2008

2008

Principal meta deste ano: cuidar de mim...se eu não cuidar bem de mim eu não vou poder cuidar bem de minhas filhas, de minha relação com as pessoas, com a vida com o mundo!

A minha cabeça gira e gira e gira sob tantos sonhos, devaneios e acontecimentos.

Mas tudo me mete medo, não posso negar...
Então me deixe quietinho...miudinhio em meu canto...
Sairei forte dele!

Estou num processo tão estranho... é como se eu estivesse num casulo prestes a uma bela novidade.

O que o destino me reserva?

Não sei.
É preciso estar bem comigo mesmo para poder ver mais beleza no mundo e nas pessoas.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Por que sinto-me assim?

Tem horas que bate um desespero em mim e não sei o que fazer... tenho me sentido muito só e parece que o tempo parou pra mim.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Um girassol da cor de seu cabelo

Vento solar e estrelas do mar
A terra azul da cor de seu vestido
Vento solar e estrelas do mar
Você ainda quer morar comigo

Se eu cantar não chore não
É só poesia
Eu só preciso ter você por mais um dia
Ainda gosto de dançar, bom dia,
Como vai você?

Sol, girassol, verde vento solar
Você ainda quer morar comigo
Vento solar e estrelas do mar
Um girassol da cor de seu cabelo

Se eu morrer não chore não
É só a lua
É seu vestido cor de maravilha nua
Ainda moro nesta mesma rua,
Como vai você?
Você vem, ou será que é tarde demais?

O meu pensamento tem a cor de seu vestido
Ou um girassol que tem a cor de seu cabelo

(Lô Borges e Márcio Borges)

domingo, janeiro 06, 2008

Outra vez

Você foi o maior dos meus casos
De todos os abraços o que eu nunca esqueci
Você foi dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples pra mim
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história que alguém já escreveu
E é por essas e outras
Que a minha saudade faz lembrar de tudo outra vez

Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu

Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim
Outra vez

Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes
Eu tenha vontade sem nada perder

Ah... você foi toda a felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos
E o maior dos enganos que eu pude fazer

Das lembranças que trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim
Outra vez

(Isolda)

sábado, janeiro 05, 2008

A Inocência do Prazer

Já passou, fomos perdoados
Por todos os deuses do amor
Acabou, podemos ser claros
Como era antes, seja lá como for
Alguém tentou desesperadamente
Sentir algo decente
Sou feliz, pois já fui julgado
Daqui pra frente, tudo é meu
Então fala baixo
Fala baixo e sente
Eu vou te dar um presente

Vento novo, flores e cores
Fim do verão tropical
Novos ares, novos amores
Tudo volta ao seu estado normal
Sou feliz e trago as provas
Nos meus olhos molhados
E vejo a vida tão diferente
Eu já posso entender
A inocência do prazer
Então fala baixo
Fala baixo e sente
Eu vou te dar um presente

(Cazuza / George Israel)

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Findo Amor

Chorando mais por querer
Eu sei que este amor
Singelo e feliz
E está chegando ao fim, eu sei
Eu vi seu jeito de princesa
E reclamei
Eu suporto tudo
O que vale a pena
Mas não me acostumo
Com a nobreza

Na espera da dor fiquei
Não posso esconder
Fiquei sem saber
Perdi seu coração
E quis levar
Lembranças mais perenes
Que o nosso amor
Pois perdi o medo
De amar sozinho
Apenas para livrá-la
Dos lacaios

(Tavinho Moura e Murilo Antunes)

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Choro de Pai

Quem me disse pra não chorar
Nem me perder por aí
E tanto já fez e refez, tanto faz
Das cordas do meu coração
Que bom, choro de pai!

Rara melodia me vem
E docemente me diz:
Não vês que sonhar é ilusão, faz sofrer
Eu sou um que sabe isso bem
Falou com todo saber o que tem mais valia
E assim me ajuda aprender a lição
Me dá o que melhor possui
E mostra o mundo em mim
Além do que posso ver
Com meu olhar também

Quem me disse pra não chorar
Nem me perder por aí
E tanto já fez e refez, tanto faz
Das cordas do meu coração
Que bom, choro de pai!

Alguém como ele jamais
Alguém capaz de chorar
Canção encantada que faz do amor
Um choro de pai e de mãe
Contou que pra colher sempre tem companheiro
Mas plantar é trabalho de quem vive só
Me diz aonde caminhar e vence a vida pra mim
Mesmo sabendo que eu caminharei por mim

Quem me disse pra não chorar
Chorou e me fez chorar!